domingo, 28 de novembro de 2010

Entrevista Pato Fu

Como não posso assinar no iBahia.com, que é onde faço estágio de jornalismo, vou postar aqui o que faço. :)


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O iBahia conversou com Fernanda Takai, John Ulhoa e Ricardo Koctus, da banda Pato Fu. O grupo apresenta pela primeira vez em Salvador seu novo projeto, Música de Brinquedo.

Conhecidos por inovar e fazer sons com objetos inusitados, os músicos não se definem num estilo musical e falam do novo trabalho.

Nos vídeos a filha da cantora, Nina de apenas 7 anos, já dá os primeiros passos no mundo da música, cantando com os amigos e dando todo o brilho a Música de Brinquedo.

iBahia - Fale sobre o projeto música de brinquedo.

John - Sempre fomos uma banda inovadora... Sempre usamos qualquer coisa que desse pra fazer música. Nunca fomos de ter fórmulas como “guitarra, baixo, bateria e pronto”. Qualquer coisa que der som e for boa, a gente usa. Nós tínhamos visto no ano de 1996 algo muito parecido, a turma do Charlie Brown e do Snoop, que tem influência dos Beatles, apesar de ser mais infantil. A gente viu há mais de 10 anos, mas ficou como uma coisa que a gente um dia pudesse usar. Ficou um pouco esquecido, e veio a tona de novo quando nós todos começamos a ter filhos. Começamos a visitar lojas de brinquedos, a parte infantil das lojas de instrumentos musicais e começamos a querer dar de presente aos nossos filhos. Acabamos descobrindo que tem alguns “tocáveis”. Dá pra gravar, fazer show. Nas minhas outras produções como Érica Machado, Zélia Duncan, eu coloquei uns brinquedinhos e a gente viu que dava pra fazer. E na dúvida se ia dar certo ou não a gente gravou a primeira música que foi Primavera, com os brinquedos que tínhamos na mão, um pianinho, bateria, saxofone de plástico que eu tinha em casa, ainda não tinha nenhum brinquedo novo. O resultado deixou todo mundo muito animado, deu muito certo. Dessa música pro disco todo foi quase 1 ano, compramos um monte de coisas pra fazer o que a gente imaginou. O piano de brinquedo é o carro chefe.

iBahia - Quais foram os instrumentos que vocês usaram nas músicas?

Fernanda - O piano de brinquedo é o principal. Ainda tem o cavaquinho que foi usado como violão folk. A bateria, a escaleta. É muito difícil: os brinquedos não se afinam como os instrumentos comuns. Mas essa é a graça, dá essa sonoridade meio “Monstro Fofinho”.

iBahia - Vocês sempre gostaram de inovar, com instrumentos. De onde vem toda essa criatividade?

Não levamos os estilos muito a sério. Nos nossos discos tem umas coisas pesadas, punk-rock, tem umas coisas mais embaladas, eletrônico, caipira, acústico. Mas não somos nenhuma dessas coisas. Ouvimos essas coisas simplesmente como som. Como nós não nos definimos, temos a liberdade de fazer aquilo “torto”. É fazer o punk-rock com um instrumento de brinquedo. Fica mais legal.

iBahia - Em que vocês se inspiram?

Se for juntar tudo, dos sete músicos, dá uma coisa enorme. Mas é basicamente anos 80, rock inglês.

Ricardo - É interessante que rock dos anos 80 é mais pop, underground, um meio termo. Eu gostava de Legião, Titãs. O John era mais underground e a Fernanda é Duran Duran.

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